
A Florada do Manacá-da-Serra: um espetáculo efêmero da Mata Atlântica
O Manacá-da-Serra (Tibouchina mutabilis) é uma árvore endêmica da Mata Atlântica, muito presente na Serra do Mar, especialmente no estado de São Paulo. Adaptado às encostas e florestas úmidas, esse ícone da biodiversidade brasileira encanta com sua florada intensa entre fevereiro e o final de março. Além de sua beleza cênica, o Manacá-da-Serra tem importância cultural, sendo associado a rituais de renovação e celebração da natureza em algumas tradições brasileiras.
Também conhecido como Flor-de-Quaresma devido a época em que floresce, essa árvore pertence à família Melastomataceae e tem sua origem nas matas úmidas do Sudeste do Brasil. Seu crescimento é rápido, podendo atingir até 12 metros de altura, e suas flores chamam a atenção pela mudança de cor ao longo dos dias.
O ciclo das cores e suas analogias com a vida
As flores do Manacá-da-Serra nascem brancas, simbolizando o começo, a pureza e o frescor da juventude. Com o passar dos dias, tornam-se lilases e depois assumem um tom roxo intenso, representando a passagem do tempo e a maturidade. Esse ciclo de cores reflete a própria jornada da vida, lembrando-nos da constante transformação e da importância de apreciar cada fase com leveza e gratidão.
A temporada de florada acontece geralmente entre fevereiro e o final de março, transformando a paisagem e atraindo polinizadores como borboletas e beija-flores. Essa breve exibição nos convida a contemplar a natureza e a valorizar momentos que não se repetem.
Na Reserva Mata Grande, nossas trilhas e mirantes oferecem um cenário privilegiado para apreciar esse espetáculo da Mata Atlântica. Desacelerar para observar o Manacá em flor é uma forma de se reconectar com a natureza e viver o presente com mais intensidade. Se você nunca presenciou esse fenômeno, fique atento ao calendário da natureza e aproveite essa oportunidade única.
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